domingo, 23 de outubro de 2011

O começo de tudo

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Dia 28 de abril de 2008, um amigo triatleta me convida para uma corridinha. Eu, na ilusão de que meu corpo magro e esguio fosse o suficiente para encarar quaisquer km,  aceitei o convite e me lancei no asfalto de final da tarde acompanhando meu amigo. 
Na verdade, a nossa corrida parelha só durou alguns metros, vez que meu corpo sedentário respondeu à altura do meu sedentarismo. Não consegui acompanhá-lo e meu amigo triatleta cada vez mais se distanciar de mim. Fui diminuindo o passo, à medida que pensava mais ainda em minha casa, em meu computador... Fiz o óbvio. Aquilo que qualquer sedentário sem força de vontade e sem condicionamento físico faria: voltei para casa caminhando, tentando justificar a minha desistência, acreditando haver outras prioridades, enfim, pensando que desistir daquilo não me seria o fim do mundo, mas sim voltar ao conforto de minha casa, de onde nunca deveria ter saído. Pelo menos, nunca deveria ter saído para correr.
No fundo, eu nunca me perdoei por ter desistido tão facilmente daquele treininho. Aquilo me corroía , absurdamente, de modo que em agosto de 2010 eu calcei um tênis e corri. Simplesmente corri. 

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